domingo, 14 de abril de 2024

Negligência: Veterinário Daniel Soares Motta, CRM 01454 não presta socorro ao meu cão que estava quase morrendo.

 Omissão de socorro:

No dia 13 de abril de 2024, às 19h, fui no Centro Veterinário VetStar, localizado na quadra 17 do Paranoá porque meu cão parecia estar tendo um ataque cardíaco. A clínica é 24 horas, mas o veterinário que estava na porta falou que não podia atender porque o horário do plantão dele já tinha acabado e ele estava só esperando o outro plantonista chegar para poder ir embora. Eu falei que era uma emergência e que se a clínica era 24 horas, era eles deveriam poder me ajudar. Entretanto, o veterinário falou que não podia fazer nada e entrou para dentro da clínica sem prestar nenhum socorro.

O vídeo abaixo mostra o momento em que outros clientes chegam, tocam a campainha e são recebidos pelo veterinário, que diz no vídeo que já falou que não tem condições de ajudar.

Tive que encontrar outra clínica 24 horas e quando cheguei, meu cão já havia falecido. 

Ao entrar em contato com a dona da clinica, Kátia, ela disse que estava com dengue e havia contratado esse veterinário apenas aquele dia, sem referência. O nome do veterinário que não prestou socorro é Daniel Soares Motta, CRM 01454.





domingo, 1 de janeiro de 2023

Leve seu cão quando Sair!

 Deixe seu cão te levar para passear... kkk

Se você mora em apartamento, provavelmente sai com seu cão de uma a duas vezes por dia, faz aquele mesmo trajeto, talvez com umas 4 variações, para que ele faça xixi e cocô, faça exercícios e talvez encontre amiguinhos na rua!

E você? Faz seus passeios? Ou às vezes chega em casa tão exausta que só sai com o cachorro porque precisa? Às vezes, descansar antes de dormir, fazendo a cabeça parar ir fazer algo que você gosta, te permite ter sono mais reparador do que se você dormir por mais tempo!

Então, vou dar umas dicas de passeio para que seu cão possa te levar para que você se divirta um pouco.

1. Em Brasília, todas as áreas abertas são públicas e você pode levar seu cão, mesmo que um restaurante a tenha ocupado com um "puxadinho", então vale o bom senso, escolha uma mesa mais afastada e sente com seu cão embaixo da mesa. Comida de rua é sempre pet-friendly! Caso seu cão seja pequeno, coloque-o com a guia presa em sua cadeira e fique de olho para ver se está tudo bem. Se for de grande porte, segure a guia para manter controle do seu cão. Não o prenda na mesa para evitar que ele derrube tudo que tiver em cima.

2. Vários Shoppings permitem a entrada de cães. Farei uma postagem específica sobre o assunto.

3. O DF possui vários Parcães! Conheça-os.

4. Vai à padaria, leve-o. Peça a alguém da sua casa para ir com você, assim, um entra e o outro fica lá fora com o cão. Se ninguém puder ir com você, ligue para a padaria e peça para deixar seu pedido pronto para pagar no caixa, geralmente, ele fazem esses favores para cientes.

5. Vai se carro, leve-o para passear também.

terça-feira, 27 de dezembro de 2022

Ansiedade de Separação e Apego: Cães da Pandemia

 Vocês sabiam que "Ansiedade de Separação" é um termo científico usado para definir cães?

O Google dos cientistas é chamado "Google Acadêmico" ou "Scholar Google". Lá encontramos as pesquisas que cientistas que cientistas de todo o mundo fazem. Claro que existem outras formas de encontrar estas pesquisas, mas hoje em dia usar o Google é o mais simples.

Então, se você for lá e colocar "ansiedade de separação em cães", teremos aproximadamente 17mil artigos sobre o tema. 

O mesmo termo em inglês é "separation anxiety in dogs" e gera cerca de 112 mil resultados.

Com esses números, podemos perceber, não só que o termo existe, mas que é bastante relevante no estudo de comportamento canino no Brasil e no mundo. 

Olhando esses artigos, vocês podem ver como é definido esse comportamento, ou seja, o que um cão com ansiedade de separação costuma fazer. Eu sei que você espera que eu comece a lista agora, mas eu não acho isso tão relevante quanto observar o contexto do que está acontecendo. Por este motivo, em meu mestrado Adaptação do C-BARQ para o Brasil (https://www.repositorio.unb.br/handle/10482/20516, eu defino "Comportamento Relacionado à Separação" como uma categoria de comportamentos. O importante é observar o contexto que estes comportamentos acontecem. Entretanto, para reduzir a SUA ansiedade, os comportamentos que apareceram nessa categoria em meu mestrado foram "tremor e calafrio, inquietação, agitação, caminhar em círculos, choramingo, latido, uivo, morder/arranhar portas, chão, janelas e cortinas."

Agora vamos ao que importa. Se está um dia frio e seu cão começa a tremer, é frio. Se ele está animado porque vai ganhar algo legal como um passeio e fica agitado, é empolgação. Se ele começa a girar em volta de você para passear logo é ansiedade para conseguir o que ele quer. Se ele começa a choramingar porque quer muito alguma coisa, ele só está te pedindo algo. Se ele late para alguém que passou perto da sua casa, ele está te avisando que alguém está passando. Se ele uiva podem ser mil coisas. Se ele tem de 4 a 8 meses e morde portas é porque os dentes dele estão nascendo. Se ele aprende que arranhando portas, chão, janelas e cortinas ele consegue sua atenção ele fará isso para te chamar atenção mesmo; como uma forma de comunicação efetiva.

Percebe que tudo depende do contexto?

Então, como eu saberei se meu cão tem ansiedade de separação? Calma, vamos separar as coisas!

Primeiro, vamos analisar a separação de vocês! Quando você sai de perto dele, como ele fica? 

Está vendo que surgiu uma outra coisinha interessante aí? A interação de vocês. Para isso, vou pegar outra categoria de comportamentos que encontrei no meu mestrado: "apego e busca por atenção". Essa categoria inclui os seguintes comportamentos: 

*apresenta forte apego por uma pessoa específica da casa; 

*tende a seguir você (ou outra pessoa da casa) pela casa;

*tende a sentar perto ou em contato com você (ou outros) quando você está sentado;

*tende a cutucar, fuçar ou arranhar você (ou outros) quando você está sentado; 

*fica agitado (choraminga, pula e tenta intervir) quando você (ou outros) mostra afeto por outra pessoa.

Percebe que o apego está relacionado ao comportamento de separação? Eu testei isso? Não! Porque? Porque minha estatística ainda não me permitiu, mas é uma hipótese. Percebo na prática que quanto maior o apego, maior a ansiedade de separação e pretendo (um dia) testar isso. 

Cães que ficam muito grudados no dono tendem a sofrer muito com a separação. Inclusive uma das bases do Budismo é que o Apego é a Origem do Sofrimento!

...esse texto trás várias reflexões, mostrando que o Apego é o Oposto do Amor!

Não vou entrar muito nessas questões filosóficas, mas recomendo que vocês pensem nisso. Como aqui é um blog de adestramento, vou focar na solução do problema do Apego do cão ao dono e como isso é prejudicial para a saúde do seu cão!

Se seu cão está com você o tempo todo e fica tenso quando você sai de perto, isso o faz estar em um estado constante de tensão. Medo de te perder, necessidade de te proteger e insegurança com o ambiente são comportamentos relacionados. O cão fica alerta o tempo todo, tenso, tentando controlar as variáveis. Geralmente cães pequenos e inquietos mesmo quando adultos. Autoritários: mandam nos donos. (Ou são donos de seus donos, risos.) Você quer sair de casa para ir ali rapidinho, mas não pode porque ele não deixa. Se você for, ele vai ficar latindo incessantemente por 2h, até você voltar. Isso acaba limitando sua vida. Você não quer reclamações de vizinhos e pensa que ele vai sofrer de saudade se você for. Seu coração aperta e uma parte de você fica feliz de ele gostar tanto assim de você, de você ser tão importante assim para alguém. Então, para ele não sofrer, e não latir, você nem faz questão de ir mais. 
Gente... já ouvi essa história várias vezes!!! 

Acontece que a pessoa não percebe que o cão ao lado dela está tenso! Angustiado! Ele não está feliz de estar ao seu lado, ele está ansioso, com medo de te perder... e medo assim é angústia.

Então o que devemos fazer? Simples: resolver o apego! O apego é recíproco, da pessoa e do cão! 
Então, vamos mudar nossa forma de pensar em relação à interação do cão com seu humano.

Primeiro, durante mais de 4 mil anos de co-evolução precisávamos nos proteger para conseguirmos sobreviver! O cão nos fornecia proteção com sua audição sempre alerta, que nos avisava de qualquer perigo que pudesse aparecer. Então, quando vocês estão juntos, uma parte de você se preocupa em fazer suas coisas e a outra parte de você pensa que precisa cuidar dele e protegê-lo, ver se ele está bem e reagir rapidamente a qualquer reação que ele tiver. 
No caso do cão, para sobreviver, ele precisa se proteger, focando seus esforços em conseguir recursos, como um abrigo seguro e alimentação. Você, muitas vezes, provê esses recursos: segurança, abrigo e alimentação. 
Isso gera um apego e uma paranoia, em que ambos temem o pior, um grande ataque, algo que ameace a sobrevivência de vocês dois.

Em um cenário de pandemia, o medo de morrer, de pegar COVID, de perder parentes e amigos para essa doença, preocupações com o trabalho que foi para dentro de casa e o medo de perdê-lo, organização da logística de como conseguir ir ao mercado sem se contaminar, receio de trazer o vírus para dentro de casa ao voltar... percebe o stress e o medo que estávamos? Seu cão percebia esse medo, essa insegurança, essa instabilidade e se colocava ainda mais em alerta para qualquer alteração que pudesse colocar vocês em risco. Cenários semelhantes acontecem agora no final do ano devido ao estresse do trabalho e das festas de Natal em família após um cenário de guerra política com ideologias paradoxais que separaram pessoas que se amavam, mas que por possuírem visões de mundo completamente diferentes terão dificuldades eternas de convivência, esta que embora desejada por ter relação emocional muito afetuosa que trouxe muito conforto em sua história de vida, hoje te deixa vulnerável para ataques à sua essência. Esta insegurança abala o emocional e a sensação de segurança de todos os envolvidos. Esta insegurança emocional é altamente percebida pelo seu cão que vê a necessidade de estar alerta para qualquer mudança no ambiente. Isso tudo aumenta o stress e a reação do seu cão a qualquer alteração de sons, cheiros e movimentações no ambiente.

Ok, como resolver isso? Com cães, não podemos fingir que estamos bem. Não é possível enganá-los. 
Precisamos ficar bem de verdade! Pensar no Presente! Viver o Agora, ser feliz nesse exaro momento.

Todos nós procrastinamos trabalhos que temos que fazer, mas não percebemos o quanto da nossa vida deixamos de fazer! Como uma amiga me disse um dia: Damos mais atenção ao que é URGENTE e nos esquecemos do que é IMPORTANTE para nós! O que é importante é deixado para depois... até que se torne urgente! Não precisamos de enterros e casamentos para nos reunirmos com familiares assim como não deveríamos falar com nossos melhores amigos só nos aniversários. A vida precisa de pausas, de momentos, se não, estaremos sempre correndo atrás do tempo. Acabei de ver em um filme que o melhor investimentos que podemos fazer é em LEMBRANÇAS!
Fonte: https://br.pinterest.com/pin/400820435578197725/ Autor: Marco Vergotti

Seu cachorro é sua salvação, ele constantemente te lembra de ser feliz agora!!!
Levante e vá correr com ele, vá brincar com ele, saia para comer algo e leve-o. Viva o agora!
Porque só o agora existe!



Ps: Se você não entendeu, suas preocupações o perturbam tão intensamente quanto o poder que SUA FELICIDADE VERDADEIRA tem em curá-lo! 
Tranquilidade, paz, relaxamento são estados de espírito que resolvem muito mais do que vocês imaginam!
Viva o momento, se empolgue com instantes de alegria, se preocupe em ser feliz de verdade!
Agora, pegue um papel e uma caneta e escreva as coisas que te fazem feliz! Realize uma dessas coisas por semana!

quinta-feira, 22 de dezembro de 2022

Organização do Índice de Postagens

Resolvi organizar o "Índice de Postagens" por temas específicos, antes estava quase tudo por ordem de postagem. Fiquei surpresa com a quantidade de postagem que tenho no Blog. São mais de 10 anos de história. No início eu contava as histórias dos clientes que eu estava adestrando. Depois eu comecei a colocar reflexões sobre técnicas de adestramento e nisso comecei a falar sobre a mudança da minha técnica. Comecei a tentar promover eventos para abranger um público maior com o adestramento solidário, quando eu estava bastante envolvida com abrigos e projetos de castração. Então, fiz meu mestrado em psicologia social e foram muitas reflexões. Até que depois do mestrado, destruída emocionalmente, comecei a tentar voltar a adestrar. Agora, finalmente, consegui voltar trabalhar com adestramento de verdade!

Engraçado ver a comemoração da milésima visualização em 20/05/2012 e em 18/09/2013 a comemoração de 15mil visualizações do blog. Hoje, 10 anos depois, acabei de ver que estou com 108.985 visualizações.

Além disso, pude analisar minhas postagens. Engraçado como costumo me julgar muito. Claro que minha técnica antes não era legal, pois aprendi a adestrar por adestramento clássico, baseado em punição positiva e me culpei muito por esse passado sombrio. Fiz grande esforço para mudar e aprender novas técnicas. Entretanto, quando fui ver as postagens sobre ensinamentos para clientes, dicas para clientes e análise de comportamentos... tem muita coisa boa! Fiquei bem feliz com isso.

Outra análise foi o formato das postagens: algumas com textos longos, outras textos curtinhos; umas só texto, outras com imagens ilustrativas sobre o que eu estava explicando e outras com vídeos. Foi engraçado perceber que independente do ano e do assunto, eu sempre pensava no modelo que eu iria construir a postagem. Entretanto, acredito que a postagem que fiz sobre Agressão no Fim do Ano (https://adestradorasofia.blogspot.com/2022/12/cachorro-agressivo-no-final-do-ano.html) será o modelo que manterei no blog. Gostei muito do resultado. Um texto esclarecedor sobre o problema, com referências de artigos científicos para ilustrar algumas coisas que eu ia explicando e ajudar o leitor a identificar o contexto do cão que vive com ele.

Agressão é o grande desafio em adestramento e consegui fazer um texto muito bom sobre o assunto. Agora, pretendo produzir mais textos que permitam que as pessoas modifiquem seu comportamento e a interação com os cães, sendo possível resolver os problemas comportamentais pela compreensão do contexto.

Desta forma, o blog mudou seu propósito. Não é mais um blog para conseguir clientes e divulgar os trabalhos que fiz. Agora, é um blog que incentiva a autonomia das "Mães e dos Pais de Cães" a conseguirem interpretar o comportamento de seus cães para melhor compreendê-los. 

Meu trabalho, entretanto, segue extremamente necessário, pois muitas vezes, não conseguimos fazer essa interpretação sozinhos e precisamos da ajuda de um especialista no assunto. Desta forma, vocês podem me contratar sempre que quiserem para que eu faça uma consultoria e te explique como resolver os problemas comportamentais que você tem com seu cão. Enfim, sigo à disposição.

sábado, 10 de dezembro de 2022

O que é agressividade?

Atualmente, não usamos o termo Agressividade em Cães, dizemos REATIVIDADE, pois é uma reação a um estímulo. Entretanto, eu gosto de usar o termo "agressivo", pois tem um sentido cultural e uma melhor compreensão visual do que está acontecendo. É mais fácil eu falar agressivo e você automaticamente  imaginar um cão mordendo alguém do que eu falar reatividade e forçar você a ter que pensar em um estímulo que vai fazer seu cão reagir. Te dá o trabalho de pensar no estímulo e na reação. Acho que esse é meu trabalho como adestradora: exemplificar e aplicar conceitos. Seu trabalho é me falar o que você está vendo e o que está acontecendo em sua casa para que eu possa resolver o problema. 
Então, antes de falar sobre agressão, vou tentar definir este conceito dentro do que entendemos socialmente!

Definirei agressão como o momento que um cão morde alguém sentindo a emoção de raiva! Pode ser? Caso você tenha uma definição melhor, ou prefira outra definição, deixe nos comentários lá embaixo desse texto para que eu possa pensar de outra maneira. Enfim...
Entretanto, quando o o cão tem vontade de morder alguém, mas não está mordendo também exige uma definição. Sabe aquele cão que está muito nervoso, irritado, com raiva e demonstra isso rosnando, latindo, mostrando os dentes? Pois é, isso também exige uma definição, pois não é porque o cão não está mordendo alguém com raiva que não temos agressividade. Então, farei outra definição:
Cão agressivo é aquele que sente raiva ou medo e quer que um estímulo se afaste.

"...mas Sofia, isso não está bem definido." Meu bem, não posso definir muito o que o cão estará fazendo porque isso depende de cada caso e cada situação. Essa é a definição que eu uso na minha cabeça quando eu trabalho. Vou explicar para vocês a aplicação disso. 

Porque eu não uso a ideia de latir, morder, rosnar, mostrar os dentes para um cão agressivo? 
Porque as pessoas entendem isso como a definição de um cão agressivo e acham que, se o cão parar de latir, ele deixará de ser agressivo e isso não é verdade. Latir, rosnar e mostrar os dentes é uma forma de mostrar para você que ele não está gostando do que está acontecendo. Se você chamar um adestrador para que, diretamente, ele faça seu cão deixar de ter esses comportamentos, ele não estará resolvendo o problema, apenas camuflando-o. O cão continuará incomodado com o estímulo, mas não poderá demonstrar sua insatisfação com a situação. Muitas vezes, se tornando um cão classificado como medroso, mas dependendo do nível de estresse que ele estiver, ele vai morder "do nada". Nesse caso, serão muitas mordidas, rápido, em vários lugares diferentes. Morde, solta, morde, solta.... movimentando a cabeça de um lado para o outro, em desespero.
Vocês entendem que dessa forma, a ocorrência de "agressão" como definimos não depende se um cão ser considerado agressivo? E eu, particularmente, acho mais perigoso um cão medroso do que um cão agressivo que demonstra sinais de insatisfação. Pois quando ele demonstra, você pode prever a mordida e evitar a agressão. O cão se comunica, antecipando a mordida. Quando o cão não se comunica, fica difícil anteciparmos a mordida e não nos protegemos.

Entretanto, existe um grande problema na minha definição de cão agressivo: raiva e medo são emoções e não podemos ver emoções. É possível ver comportamentos e estados físicos dos cães que nos indiquem o estado emocional do cão e é com isso que eu trabalho!
Um cão que movimenta o corpo com fluidez, que o corpo se move livremente como uma onda, que a respiração harmoniza com o resto do corpo, o rabo abana desordenadamente, a musculatura toda relaxada e que a boca se abre indo com o cantinho para trás, a língua fica relaxada e sai da boca e o cachorro arfa... eu diria que isso é um cão que sente a emoção de felicidade
Entretanto, se um cão paralisa e fica imóvel: quase não podemos perceber a respiração dele, a musculatura está rígida, orelhas e rabo imóveis, boca fechada, olhos bem abertos... esse cão está tendo uma descarga de adrenalina, podendo morder alguém nos próximos 2 segundos sem nenhum aviso
...mas se ele estava feliz, brincando e fizer essa paralisada, ele só está esperando você ou o outro cão reagir e não é agressivo. Ou seja, tudo depende do contexto. 

Se um cão late com as patas de trás mais para trás, ele está preparado para correr, não para morder.
Se um cão rosna indo para cima de você, é bom você se afastar para ele não precisar morder. Ensinar que basta rosnar para afastar o estímulo desagradável é melhor do que o cão precisar morder. 

Todo cão que morde é agressivo?
Não mesmo! A boca é a parte do cachorro que ele usa para pegar as coisas. Então, se você está andando no jardim e ele chega todo feliz mordendo sua mão, pode ser uma forma de pegar em você. O mesmo se você estiver no sofá e ele ficar tentando morder sua mão. Nesse caso, pegue um brinquedo e direcione a mordida para o brinquedo.
Um outro contexto é: Um cão de menos de 5 meses que morde faz isso porque os dentes estão crescendo e está coçando, então não tem emoção de raiva. Entretanto, podemos encontrar cães agressivos com menos de 5 meses. Tá vendo que nada é tão simples?

Tá, Sofia, mas você é adestradora. O que eu posso fazer para resolver a agressividade do meu cão agressivo? Primeiro: veja o contexto. Tente entender o que está incomodando seu cão. Quando ele demonstrar insatisfação com algo, quando ele estiver inseguro, com medo ou com raiva, retire o estímulo desagradável! Ajude ele a se sentir mais seguro! Respeite a emoção dele! Evite falar e veja o que o seu corpo demonstra para ele, tente ficar tranquila. Se precisar de ajuda, entre em contato comigo (61) 98451-0790 , pois agressão é coisa séria e muitas vezes não podemos resolver sozinhos.

O mais importante, não brigue com ele quando ele demonstrar insatisfação com algo, se ele está nervoso ou com medo, vai ficar ainda mais quando você brigar.

Trabalho resolvendo cães agressivos há mais de 9 anos. Nesse tempo mudei completamente minha forma de trabalho, mas vocês podem conhecer os casos da Mel e da Gucci.


Yorkshire: Mel - Caso de Agressividade (Parte 1/3)

Embora não exista uma raça agressiva, antigamente eu recebia muitos casos de Yorkshires agressivos para resolver. Depois começaram mais lhasa apso. Isso acontece porque são cães pequenos que se sentem vulveráveis. Também tem a questão de serem cães da "moda" e a frequência dessas raças ser maior na população. Também já adestrei dois Schnauzers agressivos que foram bem difíceis de resolver, pois são cães muito autoritários.
Temos cães "vira-latas"/SRD (sem raça definida) que foram resgatados e sofreram muito na rua, então ficam agressivos para se proteger. Entretanto, quando conseguimos resolver essa agressão, vemos a diferença que fizemos na vida daquele animal que sofreu tanto. Além disso, ele se torna o melhor cão de guarda. Esse é o exemplo da minha cadela, Bombom. 

Qual é o melhor cão para guarda e proteção?

Enfim, o mais importante é que seu cão seja feliz. Fiquem com uma foto da minha Bombonzinha com um sorriso de orelha a orelha. 
-Mãe, eu amo passear! kkk