segunda-feira, 9 de setembro de 2013

SRD: Rosinha

Quando a Vera me chamou para adestrar a Rosinha, ela pediu, entre outras coisas que eu ensinasse a Rosinha a fazer xixi dentro de casa, pois em época de chuva, ter que descer com o cachorro é uma situação desagradável. Eu falei que eu já tinha feito este tipo de trabalho, mas primeiramente eu precisava analisar o caso para traçar um plano de trabalho e ver se seria possível atingir o objetivo.

Bom, quando conheci a Rosinha, ela tinha uns 8 anos e uma lesão região traseira e atrofia de toda esta reião, o que fazia com que ela ficasse com a traseira baixa e as patas às vezes ficavam jogadas no chão. Rodinha já tinha sido adestrada em São Paulo quando era mais nova pois ela morava lá e também já tinha feito diversos tratamentos veterinários e até acupuntura para tratar este problema dela. Além disso, ela tinha vários outros problemas que vinham de vez em quando, como por exemplo, problema de pele e infecção urinária. Bom, sabendo deste problema urinário logo na primeira visita avisei à Vera e ao Dalton que eu ia tentar fazer o possível para ensinar a Rosinha a fazer xixi no apartamento, mas eu não garantia que eu conseguiria isso, pois eu não queria colocar em risco o sistema urinário que já era debilitado para tentar resolver este problemas, mas que eu ia tentar de várias maneiras. E eu ainda arrisquei dizer que vendo a Rosinha com tanta fragilidade, eu acreditava que eu poderia ajudar neste problema dela e poderíamos fazer ela ter uma qualidade de vida melhor e até erguer mais a parte traseira e fortalecer a coluna dela.deixei bem claro que eu não sou veterinária e não estava tratando a doença física dela, mas eu estava trabalhando aspectos psicológicos que interferiam no estado físico dela. Eles ficaram entusiasmados com a ideia, mas acho que a princípio não acreditaram muito. Porém, começamos a trabalhar e mostrei a eles uma outra Percebi que Rosinha sabia que ganhava mais atenção dos donos se começasse a arrastar as patas traseiras no chão e fazia isso com muita frequência para receber carinho e cuidados. Mostrei para os donos e para ela que ela não precisava ser frágil para receber carinho, que ela podia ser forte e saudável e mesmo assim receberia muito carinho e atenção. Além disso, Rosinha era muito agressiva com quem tentava entrar na casa e como ela tinha a parte da frente muito musculosa e a de trás atrofiada, parecia muito maior do que era e assustava demais às visitas, então, mostramos a ela que isso também não era necessário. Rosinha se tornou mais tranquila e começou a conseguir se controlar, aceitando mais as visitas. Ensinei comandos como o senta, deita, fica e ensinei a Rosinha a andar junto na guia sem puxar, pois essa puxada forçava muito a coluna dela; hoje ela anda com mais harmonia e segurança. Ela também era anti social e não gostava de outros cães, mas com o adestramento começou a cheirá-los e não latir mais para eles na rua.
No final do adestramento, notamos uma melhora física, emocional e comportamental enorme na Rosinha, porém, não consegui ensiná-la a fazer xixi no apartamento. Então, tentei mais uma técnica, e até o momento, não conseguimos tal objetivo. Uma pena, mas acho que no final das contas, o adestramento foi muito positivo e a Vera e o Dalton ficaram muito satisfeitos com o resultado.
No meu aniversário canino, encontrei com eles e me surpreendi com o tanto que a Rosinha estava bem. Ela não apresentava quase nenhum sinal de atrofia na região traseira, estava segura e até interagiu com os cães que estavam lá, chegando até a iniciar uma brincadeira.
Foi um prazer rever esta linda família...

 

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